“Uma jovem encontra numa biblioteca um livro com anotações de um
estranho. As margens repletas de observações revelam um leitor inebriado
pela histó- ria e pelo misterioso autor da obra. Ela responde os
comentários e devolve o livro, que o estranho volta a pegar. Ele é Eric,
ela é Jennifer, e o inesperado diálogo dos dois os faz mergulhar no
desconhecido. É esse velho exemplar típico de biblioteca – consultado,
anotado, manuseado – intitulado O Navio de Teseu, de V. M. Straka, que o
leitor encontrará dentro da caixa preta e selada de S. A lombada está
visivelmente gasta e as páginas, amareladas, rabiscadas com comentários
manuscritos em diversas cores. Entre as folhas, surpreendentemente, há
cartas, cartões- -postais, recortes de jornal, fotografias e até um mapa
desenhado em um guardanapo. O Navio de Teseu data de 1949 e é o décimo
nono e último romance de Straka, autor cuja vida é um mistério. Nem
mesmo F. X. Caldeira, responsável pela tradução da obra e pela
publicação do derradeiro livro, já após o desaparecimento e a suposta
morte de Straka, tem mais informações. Nas notas de rodapé, Caldeira
tenta contextualizar e relacionar as obras e a vida do autor. Nas
anotações a lápis e a caneta, porém, vê-se que Eric, um estudioso de
Straka, parece não concordar com as notas da tradução. E as observações
escritas por Jennifer, uma graduanda cheia de segredos que trabalha na
biblioteca da universidade, mostram que ela percebeu isso. Da conversa
entre Jennifer e Eric nas margens das páginas da obra emerge uma nova
trama, que levará os dois a enfrentar decisões cruciais sobre quem são
de verdade, quem talvez venham a se tornar e, ainda mais importante:
quanto de suas paixões, mágoas e medos eles estariam dispostos a
compartilhar com alguém que não conhecem.”
Via @intrinseca
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário