O que levaria alguém a
golpear outra pessoa na cabeça e, na sequência, esfaqueá-la 77 vezes? O
garoto de programa Daniel Graydon jamais imaginaria que encontraria
tamanha perversão nos clientes com quem saía. Mas viu seu fim se
aproximar ao ir contra sua regra de ouro: nunca levar os homens para
casa. Seu parceiro sexual e algoz, porém, tinha algo de sedutor e era
difícil recusar a proposta de uma noite regada a sexo, e muito bem paga.
Daniel tornara-se apenas uma das vítimas de um personagem sombrio, cuja
pulsão pela morte o levava a matar com regularidade e método. Cada
morte representando um passo adiante no aperfeiçoamento da macabra arte
de tirar vidas: cruel, dolorosa, limpa e sem pistas. Um desafio para a
polícia de Londres e sua divisão de Crimes Graves do Grupo Sul, liderada
pelo atormentado detetive-investigador Sean Corrigan.
Brutal
é o primeiro thriller policial de Luke Delaney, que serviu por muitos
anos na polícia londrina investigando crimes diversos, dos cometidos por
assassinos em série aos resultados de conflitos entre gangues e máfias.
No livro de Delaney, Sean Corrigan é o herói que encarna a missão de
desvendar mortes e descobrir quem os cometeu, e fazê-los pagar.
Corrigan, no entanto, não é um detetive comum. Sua infância sofrida e
traumática – era abusado sexualmente pelo pai – despertou nele uma
conexão com o lado obscuro do ser humano. Ao investigar cada morte, o
detetive consegue imaginar – e mesmo sentir – o que motiva o assassino a
realizar suas mortes. É essa intuição poderosa que vai orientar Sean
Corrigan e sua eficiente e leal equipe na busca pelo assassino de Daniel
Graydon.
O assassino é um homem
frio, que busca a cada morte aprimorar seus métodos de matar. Suas
vítimas não têm perfil específico e ele pode agir tanto por impulso como
ficar semanas estudando a rotina da sua “presa”. Pode ser homem,
mulher, mais velho ou mais jovem. Não importa. O que há em comum, porém,
é uma intensa crueldade revelada na brutalidade das mortes e no
potencial que ela tem de infligir sofrimento à vítima. Calculista, ele
evita ser visto e nunca deixa pistas na cena do crime, simulando sempre
uma situação que possa confundir a polícia, como a de sugerir um crime
passional, no caso de Graydon.
Brutal tem
aquela reviravolta típica de romances policiais, mas vai além: como
ex-policial, Delaney retrata com fidelidade os procedimentos
investigativos e a rotina na instituição; como os policiais reagem
durante a investigação de um crime, como se relacionam entre si e com os
criminosos. É possível sentir que cada personagem tem densidade e
certamente foi inspirado em muitos dos colegas e casos investigados pelo
autor. Sean Corrigan, o herói de Delaney, impressiona pelos vários
desafios que deve superar, seja ao administrar seu passado sombrio que
vem à tona em cada assassinato que investiga, seja ao tentar conciliar
sua intensa e caótica vida profissional e sua família – as filhas e sua
mulher, que considera seu porto seguro. Mas para tristeza de Sean e
satisfação do leitor, Delaney reserva para seu personagem muitas
aventuras em mares bravios.
Leia um trecho:
Parabéns pela resenha, vou procurar saber mais sobre esse livro.
ResponderExcluirAdorei o blog e já estou seguindo :)
http://feita-deflor.blogspot.com/
Obrigada, Cris!
ExcluirEu amei seu blog e já estou seguindo também. <3