"Porque
metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Porque
metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Porque metade de
mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Porque metade de mim é
o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão
se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não
sei. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Porque
metade de mim é amor e a outra metade também."
(Oswaldo Montenegro).
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